Choque, susto, medo, doidos, psicadélico, drogados ou mais habitualmente “tu gostas disto?”, são expressões bastante comuns aqui pelo ocidente quando se vê por alto a carreira desta banda.
Sim, estou a falar dos Malice Mizer. É errado tirar o mérito de “criador” do movimento Visual Kei aos X-Japan, mas por outro lado, não podemos tirar o mérito de considerar esta banda, uma das mais polémicas e brilhantes no mundo do Visual Kei em toda a sua história.
Tal como a maioria das bandas de Visual Kei, ou talvez a maioria como Malice Mizer, alternam o estilo de música a cada passada que dão. Apesar de muitas estarem dentro da mesma “categoria”, se é que podemos dividir as músicas em categorias, de tão complexas que são. Uma vez que isto é apenas uma texto de introdução sobre MM (abreviatura), não vou aprofundar muito. Nem convém aprofundar, dado que é sempre bom deixar a ponta do véu à vista para que vós tendes a possibilidade de explorar e descobrir.
Malice Mizer nasceu em meados dos anos 90 (década de 90 do século XX). Desde cedo que optaram por uma mistura bastante grande de sons e de imagem, o que lhes deu um grande impulso para a meta seguinte. Ainda me lembro quando ouvi as primeiras músicas e depois vi os primeiros vídeo-clips, acreditem, eu mesmo duvidei da minha existência. Não foi a primeira banda de J-Rock que alguma vez ouvi, também não foi a segunda, mas sim, foi a terceira e acreditem, acho que não ter sido a primeira teve grandes vantagens... Primeiro porque não apanhei um choque tão grande, uma vez que já tinha ideia do que era Visual Kei; segundo, porque ainda me deu mais vontade de conhecer mais músicas, vídeos e bandas.
O primeiro vídeo que vi dos Malice Mizer foi o clip da música Beast of Blood no YouTube.com, nunca pensei que iria ficar tão pegado pelos movimentos clássicos, futuristas e simultaneamente misturados de todo o clip.
Como apreciador profundo de vários estilos de música, mas sendo ao mesmo tempo muito selectivo naquilo que gosto e não gosto numa música, é de espantar que não haja uma música que eu diga que gosto menos do que outra. Todas me soam bem ao ouvido, todas me fazem querer ouvir outra vez. Para conseguirem ter uma ideia geral, a música Beast of Blood consegue ter elementos de gothic rock, gothic metal, nu metal, drumbs and bass, entre outros, misturados. Mistura elementos clássicos das músicas que há vários séculos nós chamávamos “música de igreja” (e ainda hoje se chama), com estilos modernos, de sons criados sinteticamente. A combinação é bastante boa, principalmente para os amantes de adrenalina. Sim, nesta música é possível ter vários saltos de produção de adrenalina no corpo, pelo menos eu, senti isso.
Quanto ao visual que esta banda transmite... Acho que não há meias palavras para descrever. Há mudanças radicais de Era para Era, de ano para ano, de música para música, ou até mesmo dentro da mesma música. Os que gostam de interpretar aquilo que veem ocultando o que ouvem (como a letra da música), experimentem fazê-lo com esta banda e, verão que irão chegar as mais diversas conclusões sobre o que se pretende transmitir, muitas vezes, até mesmo as ideias mais bizarras são possíveis.
Infelizmente, esta banda encerrou a sua actividade em 2001, altura em que cada elemento prosseguiu carreira solo. Mas não é possível falar em J-Rock/Visual Kei sem mencionar os Malice Mizer. Talvez mesmo tenha sido melhor a banda ter acabado ao fim de quase 15 anos de existência, dado que desta maneira, ficou gravado na nossa memória o melhor que tiveram para dar e deram, ao contrário do que acontece com muitas bandas que insistem em continuar e acabam “mortas” e esquecidas...
Nos próximos artigos irei entrar em mais detalhe sobre vários aspectos desta banda, para todo o caso, tenho uma semana por minha conta.
Trabalho elaborado por Daniel Bento
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