Monday, March 26, 2007

Faixa 2. Malice Mizer | Essência

Uma coisa importante que as bandas têm é... adivinhem.... transmitir som... Ora, uma banda que não tem som que se aproveite não tem ouvintes e acaba por cair no esquecimento. Mas Malice Mizer não nos deu só e apenas som... deu-nos muito mais que isso... deu-nos imagem e deu-nos divertimento. Habitualmente, as bandas de Visual Kei, mostram-nos um “look” completamente fora do conceito natural que estamos acostumados. MM conseguiu dar-nos mais que isso com os seus vários e famosos concertos (e Vídeo Álbuns). Podemos pegar no exemplo do Vídeo Álbum “Merveilles” na Era de Gackt (mais tarde explicar-vos-ei porque há Eras nesta banda), é formidável reparar que nas primeiras músicas a probabilidade de ficar colado a cadeira e pensar “onde é que eu me meti?” é muito grande, mas em algumas outras músicas mais para o fim do Álbum a vontade de rir não passa! Dado que temos coisas como o Mana a andar de trotinete pelo palco, Gackt a querer desmanchar-se a rir, entre outros.

É difícil procurar um estilo bastante definido em Malice Mizer, apesar de que em cada Era haviam bases musicais especificas, o género de som pode variar a uma velocidade incrível e, é fácil ver isso em qualquer álbum.

Existiram 3 Eras em Malice Mizer, sinceramente não sei qual definir a melhor, na primeira Era, a Era de Tetsu (as Eras mudam de acordo com a mudança de vocalista), temos clássicos bastante bons, influências de rock e gothic rock dos anos 80. A voz de Tetsu é boa, a combinação de sons também inclusive bastante piano, que é algo que eu aprecio bastante. Na segunda Era, Era de Gackt, temos músicas como Illuminati, que... sinceramente... é das melhores que ouvi! Combina essências bastante boas de sons sintetizados, sons clássicos e o vídeo é de chorar por mais, a voz do Gackt é muito suave e precisa. É nesta Era que é lançado o Vídeo Álbum, Merveilles em que assistimos a um solo entre Gackt no piano e Kami na bateria, que na minha opinião deita abaixo qualquer teoria que diz que não temos pianistas como Beethoven. Por último, tivemos a Era de Klaha, uma entrada e mudança de rompante... Os estilos leves desapareceram, o gothic voltou, com misturas de heavy metal e música clássica... não me perguntem porque, mas.... acho que nunca vi combinação melhor nem uso melhor para música clássica! É aqui que surgem músicas como Beast of Blood. A voz do Klaha é muito boa, e o seu inglês com um toque (a meu entender) russo, dão-lhe uma diferença muito estimulante para quem ouve Malice Mizer.

Durante as três Eras de MM é possível destacar algumas músicas, vídeos ou concertos. Falarei dos maiores destaques nos artigos seguintes. Ao contrário do que acontece com muitas bandas, não é fácil dizer “isto é de MM” ou, “isto não é de MM”, tal a dimensão de músicas que encontramos.


A utilização de figurantes “fortes” nos vídeo-clips, ao contrário de se exporem sobretudo a eles mesmo, dá decerto, outro tipo de talento. Os figurantes acabam por ser personagens na pequena história que a música nos envolve.

Trabalho elaborado por Daniel Bento

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