De tudo o que ouvi de Moi dix Mois, que foram todos os álbuns e singles, não se pode dizer que têm um mau ritmo. As músicas são constituídas essencialmente por fontes de gothic rock e sons sintetizados, alguma introdução de metal e outras variantes em menor quantidade.
O ritmo que as músicas nos dão é bom, não sendo uma música pesada, mas também não sendo uma música leve, deixa-nos a pensar sobre o que virá a seguir. É muito costume nos vários álbuns haver musicas que começam de uma maneira muito leve e, do nada, lançam-nos uma vaga de guitarra e baixo para compensar.
Para além dos géneros que já falei, muitas vezes é introduzido nas músicas sons de orquestra, talvez seja por isso que muitas músicas atingem um equilíbrio harmónico. É fácil perdermo-nos a ouvir a mesma música várias vezes.
A voz dos vocalistas entende-se bem (digo “dos” porque os Moi Dix Mois já contam com vários vocalistas desde que o projecto iniciou), não sendo aquela voz estridente que nos faz ficar a apanhar do ar, mas também não sendo aquela voz tão lisa que nos faz pensar que estamos nas nuvens.
O som emitido pelas guitarras é agradável, com alguns solos bonitos de se ouvir, boas conjugações entre o Mana e o segundo guitarrista, K. O baixo mistura-se com a bateria de uma maneira soberba, não sendo constantes, isto é, não aparecem em seguidamente em toda a música, fazendo várias pausas, deixando margem para as guitarras e as vozes. Para além das guitarras, baixo, bateria e voz (claro), existem vários sons sintetizados que são introduzidos ao longo das músicas, tal como orgão entre outros.
Há uma coisa que é bom para muita gente, mas mau ao mesmo tempo para outros... A imprevisibilidade das músicas. É impossível ou quase impossível prever que sons vêm a seguir. Ao contrário de muitas músicas que se ouvem que nós pensamos “agora vem um som mais agudo” ou coisas do género, nas músicas os Moi Dix Mois, a menos que já se as conheça, é difícil fazer essa previsão.
Resumindo, é uma banda “nova” que ainda tem muito para dar nos próximos anos. Os álbuns que têm editado não nos têm desiludido e assim espero que continuem. Talvez possa dizer que alguns singles são melhores que os próprios álbuns, dado que existe mais empenho nas produções. Mas no geral, não deixa de ser espantoso como Mana conduziu a banda a fazer um som completamente “moderno” sem deixar os sons clássicos.
Como bónus, a maioria dos álbuns/singles oferecem músicas instrumentais (ou seja, sem letra), onde dá para perceber bastante bem o ritmo das mesmas. Não percam!
Trabalho elaborado por Daniel Bento
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